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Comunicação Aplicada 

 

O Blog do CPS

 

 

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Wladimir Gramacho

 

Há 15 dias, divulguei uma lista com os nomes de 14 especialistas em pesquisas eleitorais que seriam boas referências para acompanhar a corrida presidencial deste ano. Entretanto, notei tarde demais que minha pergunta tinha um viés. Questionei um grupo de especialistas sobre quais eram “os analistas” em que eles mais confiavam. O viés na redação da pergunta e a sucessiva indicação de homens, somados a uma cultura que infelizmente tende a invisibilizar pessoas que não sejam do gênero masculino, resultou numa lista com só uma mulher.

 

Carolina de Paula (DataIESP) e Max Stabile (IBPAD) me alertaram para isso logo depois da publicação. Mas aí o erro na redação da pergunta já tinha crescido como bola de neve na produção de resultados enviesados. Comecei nos dias seguintes uma nova consulta, mas desta vez a 1ª entrevistada foi uma mulher e o pedido era que se indicassem “as duas analistas” de pesquisa eleitoral em que mais confiavam. O resultado representa melhor o espaço que elas já ocupam no cenário de levantamento e análise de dados eleitorais.

 

Com 6 votos, Marcia Cavallari foi de longe o nome mais lembrado, fazendo jus a 30 anos de trabalho no extinto Ibope e à sua mais recente atuação como CEO do Ipec, um instituto novo que já conquistou boa reputação. Com 2 votos, foram citadas a cientista política Rachel Meneguello (CESOP/Unicamp) e as jornalistas Natuza Nery e Julia Duailibi (ambas da Globonews). Completam a lista a executiva Luciana Chong (Datafolha), a estatística Renata Nunes (Datafolha), as cientistas políticas Nara Pavão (UFPE) e Silvana Krause (UFRGS) e as sociólogas Ana Lucia Miranda (OMA) e Marisol Recaman (OMA).

 

A consulta também repetiu a pergunta sobre os institutos de pesquisa em cujos resultados elas mais confiam. Assim como ocorreu na consulta feita aos homens, o Datafolha foi o mais citado, coincidentemente também em 7 das 10 consultas. Outros 4 institutos mencionados foram o Ipec (5 menções), o Ipespe (5 menções), o Ver (duas menções) e OMA (uma menção).

 

Às 10 mulheres citadas na lista acima, assim como às demais que participam da construção de uma rede qualificada de análise de dados eleitorais, minhas desculpas!

 

PS: Agradeço às especialistas consultadas Marcia Cavallari (Ipec), Rachel Meneguello (CESOP/Unicamp), Renata Nunes (Datafolha), Karin Vervuurt (#Elasnopoder), Mara Telles (UFMG), Julia Duailibi (Globonews), Luciana Chong (Datafolha), Angela Chaves (consultora de comunicação e marketing político), Silvana Krause (UFRGS) e Luciana Veiga (Unirio).

 

Este artigo foi publicado em 10 de maio de 2022 no Poder360